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Tenha Cuidado!

  • Foto do escritor: Fernando Reis
    Fernando Reis
  • 17 de set. de 2024
  • 5 min de leitura

Atualizado: 1 de out. de 2024

Ovelha cantando e um lobo atrás

Me permitam começar este post citando a ilustre frase do escultor e pintor cubista francês Georges Braque que disse: “O vaso dá uma forma ao vazio e a música ao silêncio.”


O filósofo alemão Arthur Schopenhauer cita: “A música exprime a mais alta filosofia numa linguagem que a razão não compreende.” A música fala na com diretamente com a alma de uma forma que só ela compreende, ela pode te levar a diversos lugares, àquele tempo exato que você estava quando a ouviu, o lugar, o cheiro e o gosto do que você estava comendo, então lembra das pessoas que te acompanhavam e vem aquele sentimento que hoje nomeiam como “Nostalgia”.

Realmente, a música tem esse poder, aliás, basta ouvir uma canção de natal para lembrarmos de uma estação inteira de festas e seus costumes; usando desse mesmo artifício a indústria cinematográfica vem usando a música como um gravador de marcas em nossa mente; é impossível não ouvir alguns temas mais notáveis do cinema e não se lembrar das cenas de filmes icônicos como Superman, Star Wars, ET- o Extraterrestre, Titanic, Indiana Jones entre outros; Portanto a música tem sido usada e explorada pelo cinema desde quando ele começou para que a marca sendo “vendida” se posicione na sua mente; Os executivos da Coca-Cola já diziam: “A marca vale o seu posicionamento na cabeça das pessoas”, sendo assim, quanto vale o seu primeiro pensamento naquele seguimento de produto? Qual é a primeira imagem que lhe vem a cabeça quando falamos em refrigerante? É como se pagassem ao Google para que a marca do produto deles estivessem em primeiro lugar nas indicações, só que o site de busca é a sua mente; então você me pergunta, mas como isso é música? Simples; Marketing!

Quando as empresas alinham seus bordões como, por exemplo: “Amo muito tudo Isso!” ou “Entre nessa festa” com música eles posicionam seu produto na sua mente usando a linguagem da alma. Políticos usam seus jingles em anos de eleição porque sabem que essa estrutura dá certo, claro que isso não te influencia de forma direta a votar no candidato ou comprar determinado produto, mas você lembra do número de campanha pelo tanto de repetições e da efetividade de cognição que a mensagem da música exerce. É aí que mora o grande problema sobre a música, é quando e como ela é usada.

Friedrich Nietzsche cita que “Sem música a vida seria um erro”, indo mais além, sem música não existiria vida, pois em Jó 38:7 diz (Na manhã da criação, as estrelas cantavam em coro, e os servidores celestiais soltavam gritos de alegria, cantavam alternadamente, louvando, adorando e rendendo graças ao SENHOR, com estas palavras: “Ele é bom, porque a sua misericórdia dura para sempre”.) A música nos cerca mesmo que não busquemos por ela, basta ligar a TV, acessar algum vídeo na internet ou ouvir notícias no rádio, todos os veículos de informação utilizam a música desde os seus primórdios, entretanto é necessário ter cuidado e ser seletivo com o que ouvimos e cantamos.

A música tem seus objetivos, na política é te lembrar do número do candidato, no varejo é posicionar o produto na sua mente, no cinema é marcar a cena do filme em você e na música secular é te vender o sentimento, é te fazer sentir a dor que está sendo cantada, a mais louca paixão ou a alegria da festa expressa pelo intérprete da canção, lembre-se que a música em si não expressa profundo sentimento que cantor nos mostra, ele pode estar entoando a mais festiva canção embora seu coração esteja na mais completa depressão, vimos na história inúmeros cantores que escondiam em si a mais devastadora forma de autodestruição e mesmo assim subiam no palco para realizar seus shows como Amy Winehouse, Janis Joplin, etc. Lembro de Fernando Pessoa em seu poema “O poeta é um fingidor. Finge tão completamente. Que chega a fingir que é dor. A dor que deveras sente”. Quem vê cara não vê o que só Deus pode ver.

Então você deve estar se perguntando: Certo; Mas o que isso tem a ver com a música Gospel? Tudo, meu caro leitor; A música por si só já é uma ferramenta poderosa, o próprio filósofo Aristóteles reconhecia e advertia que tal instrumento dessa magnitude, que em sua linguagem era algo divino, poderia influenciar tanto para o bem quanto para mal. A música quando encontra em seu executor e compositor um adorador ela se transforma em algo único, etéreo, sem paixões, sem vaidade, sem mentiras ou fingimentos, nasce aí o Louvor. O Louvor a Deus é puro, é o amor sem malícia, sem barganha, é quando o coração e quebrantado, encontra na música a ligação do nosso espírito com o Espírito Santo, nesse momento nós tocamos o céu.

Torna-se impossível fingir tal sentimento aos olhos de Deus. Louvor é Louvor e Marketing é Marketing; A Indústria fonográfica nunca se investiu tão alto no marketing de seus artistas, seja ele secular ou gospel, talvez pela facilidade de informação que não existiam a décadas atrás sem a internet, hoje as mídias sociais mostram uma imagem linda e perfeita criando camadas que escondem o que realmente é, não podemos perder tempo em sermos o que não somos, se somos de Deus, verdadeiramente somo dele, seja na rua, no nosso trabalho, na igreja ou onde estivermos, não só nas redes sociais, é se desviar do mal como Michael W. Smith disse: “Go West Young Man”. A verdadeira pergunta é: será que o que você está cantando hoje é “Louvor a Deus” ou só um “Jingle de Igreja” que usa de estratégias de marketing para cantarmos seus bordões e chavões vinculados na palavra ministrada? Tenha Cuidado! Quando se usa a máquina da igreja para transmitir música fica um pouco difícil de percebermos as verdadeiras mensagens ali contidas, o Louvor a Deus deve ser centralizado Nele, para Ele e para glorificá-lo, a Igreja de Cristo é triunfante, mas não é somente isso, destemida, é forte mas também é paciente e grata, nela sobeja fé; ela não é chorosa e depressiva como muitos Worships, também não é frenética em felicidade sem razão, a igreja de Cristo chora, sim, em reconhecimento de seus pecados e busca em Deus a força para ser melhor amanhã do que ela foi hoje; ela se alegra na graça que recebeu e entoa cantos de vitória pela luta vencida por Deus; O louvor que a igreja canta não pode ser afirmativo em mandar Deus fazer algo, não pode esconder intuitos ou segundas intenções daquele que é divino, não possui troca de favores; lembrando que pastores, bispos, padres, rabinos, apóstolos ou qualquer outra alcunha os torna donos de nada e ninguém, tão pouco mandatários do céu, todos devem ser pastores cuja responsabilidade é ajudar o povo de Deus a caminhar na direção de Cristo, isso também dever se refletir no que a Igreja canta, temos que ficar atentos às letras, se o texto possui base bíblica e se Deus é realmente louvado. O evangelho é expresso às claras e por isso foi e será perseguido, devemos dar a entender que louvamos a Deus, devemos louvá-lo como ele é, dizer abertamente que o amamos, Ele não pode ser o sujeito oculto de nossas canções, mas o presente, chamá-lo e nomeá-lo como se deve.

 

Pense sempre no que você canta, reflita, medite e busque no Espírito Santo as palavras que dever ser entregues a Deus por você. “O cristão que não busca conhecimento, não pensa e não possui coragem para mudar, tende a repetir os erros até eles fazerem parte dele.” (Fernando Reis)


Por: Fernando Reis

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1 Comment


Urânia dos Santos Reis
Urânia dos Santos Reis
Dec 30, 2024

Ótima reflexão!

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